Em agosto último o Ministério das Cidades reajustou os valores máxi-mos para aquisição de unidades habitacio-nais na faixa l do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O teto passou de RS 65 mil para R$ 76 mil, mas este valor pode variar de acordo com a localidade. A mudança atendeu à demanda de construto-ras e entidades setoriais, que se queixavam da inviabilidaçjg dos imóveis destinados a famílias com renda mensal de até RS 1.600.
Desde o lançamento oficial do MCMV 2, em junho de 2011, apenas 275.614 unida¬des foram contratadas na faixa 1 do progra¬ma, segundo balanço divulgado em agosto pelo Ministério das Cidades. Isso representa menos de 20% da meta de 1,44 milhão de unidades até o final de 2014. Além disso, das contratações feitas, 103.889 acontece-ram na fase de transição da primeira para a segunda etapa do pacote.
Vale lembrar que as regras do Minha Casa 2 demoraram para ser regulamenta¬das e, por isso, as contratações da faixa 1 ficaram paradas durante todo o primeiro semestre de 2011. Quando finalmente as novas diretrizes saíram, os valores máxi¬mos das unidades da faixa 1 desapontaram o mercado e foram considerados, desde aquela época, insuficientes.
Frente à dificuldade de viabilizar empre-endimentos nesse segmento, as construtoras e incorporadoras começaram a reenquadrar seus projetos na faixa 2 do programa, des¬tinada a famílias com renda mensal de até RS 3.100. O resultado foi que enquanto a faixa 1 andava a passos lentos, as contrata¬ções na faixa 2 deslancharam e bateram mais de 85% da meta até agosto deste ano. Foram contratadas 510.747 unidades frente ao objetivo de 600 mil.
Na faixa 3, voltada a famílias com renda mensal de até RS 5.000, a meta é de 200 mil habitações, das quais 78.930 - ou 39,46% - já foram contratadas.
Fonte: Revista Construção Mercado - outubro/2012