O bom momento econômico que o Brasil vive tem dado a chance de novas conquistas para os brasileiros, inclusive no exterior. Com o real valorizado e os preços mais baixos nos Estados Unidos, brasileiros compram cada vez mais imóveis fora do país. E a cidade preferida para instalar a segunda moradia é Miami, na Flórida (Estados Unidos).
De acordo com dados da Miami Association Real Estate (MAR), os brasileiros ocupam o segundo lugar entre os estrangeiros que mais compram imóveis na região, com total de 8%. Perdem apenas para os canadenses, que representam 39% do total de vendas. Em terceiro lugar estão os venezuelanos, com 7%.
Laerte Temple, diretor do Sindicato de Habitação (Secovi) de São Paulo e membro brasileiro do Comitê Executivo do Consorcio Internacional de Associações Imobiliárias (ICREA, na sigla em inglês), explica que o mercado imobiliário em Miami está bastante aquecido, especialmente pelo fato de ser um dos destinos internacionais mais procurados por turistas de todo o mundo. “Além disso, o valor do imóvel nos EUA e o próprio dólar caíram muito nos últimos meses e isso facilita bastante para os brasileiros que querem comprar imóveis em outro país”, comenta.
A procura por imóveis no exterior não é resultado apenas da movimentação dos brasileiros rumo à Miami. Dos compradores internacionais nos EUA, 31% procuram a Flórida, 12% a Califórnia, 9% o Texas e 6% preferem o estado do Arizona. Tamanha procura por imóveis na Flórida fez com que o número de 25.679 propriedades à venda em setembro de 2010 em Miami caísse para pouco mais de 15 mil um ano depois.
Facilidades
Como qualquer investimento, comprar imóveis no exterior envolve riscos, mas a previsão hoje é que o lucro não demorará a aparecer. Temple lembra que esse é um investimento de médio prazo. “Se a pessoa comprou um imóvel por US$ 250 mil é provável que, em alguns anos, esse mesmo imóvel já esteja valendo o dobro. A economia americana deve se recuperar nos próximos anos, por isso o momento para investir é agora”, indica o diretor da Secovi-SP.
Segundo Fonseca, o estoque de imóveis novos ou usados está diminuindo em uma velocidade surpreendente. Com relação a janeiro deste ano, o número já reduziu 40%. Aproveitando o bom momento, inclusive, as construtoras já começaram a lançar novos empreendimentos. “Se quiserem desfrutar dos preços atuais, sugiro que os investidores não demorem a tomar uma decisão. Certamente, ano que vem, os preços começarão a subir”, alerta o corretor.
Fonte: Ógui especial para o Terra